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  2. Adeus a Maria Alice Vergueiro: de Brecht ao YouTube na contracorrente da indústria cultural

Ao fim do processo de anti-catarse (um estranho ritual em que os sentimentos passam por uma gradual transformação, abandonando sua condição humana em nome de uma condição bestial) o protagonista emerge iluminado, destruindo a humanidade em sua imaginação criadora para dar origem ao homem vacinado contra a suposta falta de caráter "inata" no homem. Essa seria a melhor maneira de lidar com a sequidão de nossos tempos. Há um problema de analogia aqui, e não é possível negar que tenha origem na interpretação um tanto vulgar que se popularizou sobre as intenções de Cervantes. Para não alongar em demasia a questão (que merece lugar de análise adequado), o sarcasmo do renascentista espanhol estava dirigido contra a idealização de um passado retrógrado, não contra os grandes ideais de uma nova era. A simpatia, e verdadeiro carinho, com que Cervantes retratava as desventuras do Quixote, revelam uma dialética específica dessa obra-prima: ainda ridicularizado em suas intenções (reviver a era dourada da cavalaria andante), era na externalização desses objetivos que todo o humanismo do protagonista reverberava com maior esplendor.

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Adeus a Maria Alice Vergueiro: de Brecht ao YouTube na contracorrente da indústria cultural

A brilhante carreira de intérprete das obras de Brecht e tantos outros dramaturgos incríveis é simplesmente enterrada sob o peso do capitalismo cultural: estranho seria se fosse diferente. Maria Alice é da mesma geração de Flávio Migliaccio, também falecido recentemente, e que expressou de maneira profunda esse dilema em entrevista às pesquisadoras Sara Mello Neiva e Paula Autran, dizendo: "Eu vim do Arena e nunca me acostumei com o jeito de representar que a indústria do espetáculo me obriga a fazer, onde tudo é rápido e os atores não gostam de conversar sobre o ofício. É 'vamos gravar! ', aí cada um faz do seu jeito. Ninguém discute a cena. Mas eu tenho que saber o que é a cena! Senão fica uma coisa automática. […] Representar mesmo, jogar junto, foi só com meus amigos, no Teatro de Arena". O que Migliaccio expressa aqui é justamente a forma como a arte, transformada em mercadoria, sucumbindo à lógica da produção em massa e da divisão social do trabalho, perde aquilo que a faz ser o que é.

March 6, 2021, 10:02 am